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Como fazer a educação sexual mais inclusiva

Tati Barros
18 Apr, 2023
4 min. de leitura
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Será que você sabe o que é educação sexual? Te explicaremos o conceito de educação sexual e qual é a sua importância. Bora saber mais sobre o assunto!

Esta comunidade é um espaço criado para, acima de tudo, trazer conhecimento sobre sexualidade e saúde. Afinal, um dos caminhos para se acabar com estigmas e preconceitos sobre qualquer tema é por meio da informação de qualidade. E é por isso também que vamos falar da importância de uma educação sexual inclusiva.

 

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Educação sexual

Em tempos de fake news disseminadas a todo momento e ganhando grandes proporções, há ainda quem acredite que educação sexual é para ensinar crianças e adolescentes a transar. Essa ideia não poderia ser mais equivocada.

 

Entenda o que é educação sexual

O grande objetivo da educação sexual é trazer conhecimento sobre qualquer coisa relacionada ao corpo e à sexualidade. Isso engloba o funcionamento do sistema reprodutivo, ciclo menstrual, puberdade, além de prevenção de doenças, apenas para citar alguns pontos.

 

A importância da educação sexual

A educação sexual é determinante também para reduzir os números de gravidez na adolescência. Um estudo do Fundo de População das Nações Unidas, Unfpa, revelou que em países da África Subsaariana, mais de 60% das gestações ocorrem em meninas com menos de 17 anos. No Brasil, essa taxa é de 57%. 

 

O relatório elaborado a partir disso deixou registrado recomendações sobre a necessidade de fornecer educação sexual abrangente, apoio social e serviços de saúde de qualidade, além de apoio econômico às famílias e envolver organizações locais.

 

E por que a educação sexual deve ser inclusiva?

Quando falamos em uma educação inclusiva, ela deve ser baseada em igualdade de gênero, e deve abraçar a diversidade, considerando as diferentes orientações sexuais e identidades de gênero. 

 

Um currículo que legitima unicamente a heteronormatividade e a cisgeneridade é excludente e reforça preconceitos e violências, que levam até mesmo à morte. E não podemos esquecer que vivemos no país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo!

 

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Como abordar o tema

E tem uma questão em especial que faz com que a educação sexual seja tão imprescindível, especialmente para crianças: os altos números de violência sexual infantil. E um dado mais do que alarmante só confirma o papel determinante que as escolas devem ter nesse combate: mais de 70% da violência sexual contra crianças ocorre dentro de casa.

 

Devemos lembrar também que crianças com algum tipo de síndrome, deficiência ou transtorno se encontram em uma posição de ainda maior vulnerabilidade. Por isso, as escolas devem se preparar para abordar esses tópicos também com elas, o que, naturalmente, também exige preparo. 

 

É fundamental que se fale abertamente que o corpo de alguém só pertence a essa pessoa, e nenhum adulto pode tocar nele, por mais próximo que seja. É função da escola fazer com que o aluno saiba que ali é um ambiente confiável para ele se abrir e buscar ajuda, caso identifique que está sofrendo algum tipo de violência. 

 

Por tudo isso, educação sexual é questão de saúde e segurança públicas, e deve ser defendida por todos nós! 

 

A Organização das Nações Unidas (ONU) já declarou que considera que a educação sexual está estritamente relacionada à promoção dos direitos humanos, das crianças e jovens, especificamente na parte que diz que toda pessoa tem direito à saúde, educação, informação e a não discriminação.

 

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.

A Kimberly-Clark Brasil não oferece garantias ou representações quanto à integridade ou precisão das informações. Estas informações devem ser usadas apenas como um guia e não devem ser consideradas como um substituto para aconselhamento médico profissional ou de outro profissional de saúde.