Dor pélvica e cólica. Há diferença?

Quem avisa, amiga é. Não podemos e nem devemos naturalizar a dor, especialmente se ela atrapalha a sua rotina. E isso vale, inclusive, para a dor pélvica ou a cólica que costuma surgir durante o período menstrual. 

E já que demos como exemplo a dor pélvica, bora entender melhor o que é isso e como identificá-la?

A dor pélvica é um desconforto na parte inferior do abdômen e é uma queixa bem comum entre pessoas que menstruam. Mas nem sempre ela está ligada ao ciclo menstrual, sabia?

A dor pélvica tem como principal sintoma a dor na parte inferior do ventre, que irradia para as costas e membros inferiores, podendo ser menstrual ou não.

É preciso ficar atenta! Quando esse incômodo tem duração de pelo menos seis meses, a dor pélvica passa a ser considerada crônica e pode, inclusive, ser intensa e interferir em atividades habituais. Diante disso, pode haver necessidade de tratamento clínico ou cirúrgico.

É bem comum ligar dor pélvica à menstruação e vamos falar sobre isso logo a seguir. Mas é preciso considerar também que há algumas condições não ginecológicas que podem causar esse sintoma, como:

A prevalência estimada de dor pélvica crônica é de 3,8% em mulheres de 15 a 73 anos (sendo superior à enxaqueca, asma e dor nas costas). Cerca de 60% das mulheres com a doença nunca receberam o diagnóstico específico e 20% nunca realizaram qualquer investigação para identificar a causa da dor. É por isso que sempre batemos na tecla de que seu ginecologista deve estar ciente de todo e qualquer incômodo para te ajudar a ter mais qualidade de vida!

Há, ainda, a dor pélvica derivada de problemas ginecológicos, que fazem com que ela seja cíclica, ocorrendo sempre durante a menstruação. As causas mais comuns nesses casos são:

Já aquela cólica típica da menstruação é provocada pela liberação de prostaglandina, uma substância que faz o útero contrair para descamar o endométrio em forma de sangramento durante a menstruação, quando o óvulo não foi fecundado.

É comum confundir dor pélvica e cólica, por isso, é preciso ter atenção às suas naturezas. A dor pélvica, como dissemos, pode estar relacionada a diferentes causas médicas, enquanto a cólica menstrual está ligada ao contexto menstrual.

Observe, ainda, as características do incômodo que você estiver sentido para passar o máximo de informações possíveis para o seu ginecologista. Perceba se é uma dor súbita ou gradativa, constante ou fica indo e voltando, e se é aguda ou combinada com outros sintomas.

Vale, ainda, registrar as dores no seu calendário menstrual de Kira, pois isso pode te ajudar a perceber se é uma cólica relacionada ao seu ciclo menstrual ou não.

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.