Saúde e bem-estar

Alergia vaginal por causa do calor. Existe isso?

Camila Luz
24 Jan, 2023
4 min. de leitura
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Neste artigo mostramos por qual motivo as alergias vaginais ocorrem com mais frequência durante o calor e como evitá-las. Vem saber mais sobre o assunto!

Qualquer desconforto na região da ppk derruba o bem-estar e até o nosso humor. A alergia vaginal no calor é uma condição para a qual precisamos ficar atentas, pois ela pode ocorrer quando não tomamos certos cuidados. A ginecologista Rebeca Gerhardt nos contou por que ela acontece e como preveni-la para curtir o calor bem plena. 

 

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Por que a alergia vaginal ocorre com mais frequência no verão?

As alergias são respostas exageradas do corpo a fatores externos, como a um produto que você utilizou na pele, um alimento diferente ou até ao tecido das suas roupas. Na região íntima, as alergias costumam ocorrer na área da vulva. Em geral, ela se manifesta por coceira na ppk e vermelhidão.

 

Vamos relembrar a diferença entre vulva e vagina? A vulva é a região externa da ppk, formada pelos lábios maiores e menores, o clitóris (um pequeno órgão na parte de cima da ppk que dá prazer pra gente 🔥), glândulas e basicamente tudo que você consegue enxergar quando coloca um espelhinho na frente ou abaixo da ppk. Já a vagina é um canal que vai da vulva até o colo do útero, ou seja, é a parte interna mesmo, por onde sai a menstruação.

 

As alergias na região da ppk podem acontecer principalmente nos lábios e na região da virilha. Segundo a dra. Rebeca, durante o verão, elas podem ocorrer pelo maior contato da pele com materiais sintéticos, como biquínis e maiôs. 

 

Além disso, quando está calor, a vulva fica suada, assim como o resto do corpo. O contato da calcinha com a pele molhada de suor pode acabar irritando e provocando uma alergia. É por isso que a ppk também precisa respirar e estar sempre sequinha – por isso, atenção: pode não ser legal para a sua ppk passar o dia todo com um biquíni molhado.

 

"Mudanças na rotina também podem provocar mais alergias", diz a ginecologista. Se você fizer uma viagem para a praia e comer um alimento ao qual é alérgica, como frutos do mar, essa alergia pode se manifestar na região íntima.

 

Além disso, durante o verão, os casos de candidíase, uma doença ginecológica, também podem aumentar. Ela é provocada por um fungo, o Candida albicans. É uma infecção comum e que pode ser transmitida sexualmente, mas também é uma doença que pode se originar de um desequilíbrio na flora vaginal

 

Como é uma infecção por fungo, muitas vezes a candidíase aparece por conta de temperaturas muito quentes, usar roupas justas, apertadas, molhadas ou sintéticas, calcinhas que não deixam a ppk respirar e até uso de medicamentos que desequilibram a flora vaginal, como corticoides ou antibióticos.

 

Ela provoca um corrimento bem típico, leitoso e de cor branca ou acinzentada, além de ardência e coceira. Apesar de não ser uma alergia, os sintomas da candidíase podem ser confundidos com os de uma alergia. É importante ficar atenta aos sinais para saber quando procurar o médico.

 

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Quais cuidados podem ser tomados para evitar alergias vaginais

A dra. Rebeca dá algumas dicas para prevenir a alergia na ppk durante o verão: 

 

 
  • Evite usar roupas muito abafadas, apertadas e que não deixam a ppk respirar.

  • Prefira usar tecidos de algodão em vez de sintéticos. Se for usar tecidos sintéticos, limite o tempo de uso.

  • Mantenha a região da ppk sempre sequinha. Depois de cair no mar ou na piscina, seque a região com uma toalha limpa.

  • Cuidado com a mistura de areia com água do mar na região da virilha, pois você pode acabar ficando assada.

  • Alimente-se bem, beba bastante água e se notar reações alérgicas em qualquer parte do corpo, vá ao médico.

 

Camila Luz 

Jornalista formada pela Cásper Líbero, estudou Mídias Internacionais na Université Paris 8 e é mestre em Jornalismo e Direitos Humanos, com especialização em Diplomacia, pela Sciences Po Paris. Escreve sobre saúde, ciência e tecnologia desde 2016, com maior dedicação à saúde da mulher. Também é consultora em comunicação para organizações internacionais. Vive em Washington D.C. (EUA) e é fã assídua dos livros da Elena Ferrante.

 

Dra. Rebeca Gerhardt

Ginecologista e obstetra formada pela Universidade Estadual de Londrina – sua cidade natal – compartilha todo seu conhecimento médico com Kira e suas leitoras. Fala sem estigmas sobre saúde íntima, sexualidade, cuidados com a ppk e autoestima.

A Kimberly-Clark Brasil não oferece garantias ou representações quanto à integridade ou precisão das informações. Estas informações devem ser usadas apenas como um guia e não devem ser consideradas como um substituto para aconselhamento médico profissional ou de outro profissional de saúde.