Saúde e bem-estar

HIV e AIDS, você sabe a diferença?

Tati Barros
1 Dec, 2022
4 min. de leitura
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Entenda porque nem todo portador do vírus HIV (soropositivo) possui AIDS

Tem gente que acha que HIV e AIDS são a mesma coisa. Será? A gente vai te explicar melhor isso, mas antes de qualquer coisa precisamos começar esse texto mostrando alguns números para você:

 

 

 
  • 36,7 milhões tinham idade igual ou superior a 15 anos.

  • 1,7 milhão eram crianças de 0 a 14 anos.

  • 54% de todas as pessoas vivendo com HIV eram mulheres e meninas.

  • Cerca de 5,9 milhões de pessoas não sabiam que viviam com HIV.

 

 

 

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Achamos importante já destacar esses dados para deixar uma mensagem bem clara: o HIV não acabou. Ainda é alto o índice de contaminação, especialmente entre mulheres e meninas de todas as idades. 

 

Ainda assim, é grande a falta de conhecimento sobre o assunto, o que faz com que as pessoas deixem de lado a camisinha, por acharem que não correm o risco de contrair o vírus. Um grande e perigoso engano, como esses números comprovam.

 

E você sabe qual é a diferença entre HIV e AIDS?

Mesmo com o surgimento do vírus HIV já tendo completado mais de 40 anos, muita gente ainda hoje não sabe que nem todo mundo que é portador do vírus HIV possui a doença da AIDS. É isso mesmo. São coisas diferentes.

 

O HIV é a sigla para o vírus da imunodeficiência humana e que pode (ou não) levar ao desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que é uma doença que ataca o sistema imunológico. Quando a doença se instala, a pessoa pode ficar com a imunidade baixa e o organismo fica suscetível a doenças oportunistas, como tuberculose e pneumonia. Um corpo com alta imunidade normalmente controla esse tipo de doença, mas com a imunidade baixa elas podem facilmente agravar o quadro do paciente.

 

Vale dizer que o vírus HIV não é eliminado do nosso corpo e, portanto, quem o contrai precisará conviver com ele para sempre. Quem faz corretamente o tratamento pode viver por muitos anos mesmo com o HIV

 

Como ocorre a transmissão do HIV?

Essa resposta esperamos que você já saiba, hein? O vírus HIV é transmitido principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas (sem camisinha) com uma pessoa soropositiva (portadora do rus HIV). Por isso é tão importante sempre usar a camisinha pra transar, gente!

 

A transmissão também pode acontecer por meio do compartilhamento de objetos cortantes contaminados, como agulhas e alicates, etc. Uma mãe soropositiva que não faz o tratamento pode transmitir o HIV para o filho durante a gestação, parto ou amamentação.

 

Como saber se uma pessoa é soropositivo?

Para isso, é preciso fazer uma pesquisa direta do vírus no sangue, chamada de exame de carga viral para o HIV, ou por meio da sorologia para HIV, que é a análise da presença de anticorpos que são produzidos quando o vírus infecta alguém.

 

Quais os sintomas do HIV?

Vamos, antes, entender como ocorre o processo do vírus no corpo. Segundo o Ministério da Saúde, o sistema imunológico começa a ser atacado quando ocorre a infecção pelo vírus. Nessa fase de infecção aguda ocorre a incubação do HIV – tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Essa primeira fase varia de 3 a 6 semanas. 

 

O organismo leva de 8 a 12 semanas após a infecção para produzir anticorpos e os primeiros sintomas são como os de uma gripe, o que faz com que a maioria das pessoas não perceba que se trata do vírus HIV. Por isso, se houver a mínima suspeita de infecção pelo HIV, o melhor é procurar uma unidade de saúde e realizar o teste.

 

 

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Como é o tratamento do HIV?

O tratamento para o HIV é conhecido como terapia antirretroviral, ou pela sigla TARV. Essa terapia a responsável por proporcionar uma boa qualidade de vida para pessoas soropositivas e reduzir drasticamente as chances de transmissão do vírus a outras pessoas. 

 

A medicação que o paciente toma diminui a multiplicação do vírus no corpo e recupera as defesas do organismo. Mas para que o tratamento dê certo, o soropositivo não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los jamais! O SUS fornece todo o medicamento de graça!

 

Vale ressaltar que ninguém morre “de AIDS”, mas por doenças oportunistas que se aproveitam da baixa imunidade do corpo, como citamos acima.

 

Não podemos deixar de encerrar este texto com o reforço da importância de usar camisinha nas relações sexuais. Como explicamos, o vírus é muitas vezes silencioso e não dá para saber se a pessoa com quem você se relaciona é soropositivo. Sua saúde deve estar em primeiro lugar sempre!

 

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.

A Kimberly-Clark Brasil não oferece garantias ou representações quanto à integridade ou precisão das informações. Estas informações devem ser usadas apenas como um guia e não devem ser consideradas como um substituto para aconselhamento médico profissional ou de outro profissional de saúde.