Diafragma contraceptivo. Você conhece esse método para evitar gravidez?
Conheça esse método contraceptivo de barreira que não possui hormônios
Quando o assunto é métodos contraceptivos, a pílula e o DIU, em uso combinado com a camisinha, aparecem como os tipos mais comuns – e bem eficazes. Mas há uma opção ainda pouco falada no Brasil, embora seja bem antiga: o diafragma contraceptivo. Já ouviu falar sobre como ele funciona?
O que é diafragma contraceptivo?
Também chamado de diafragma vaginal, é um tipo de método contraceptivo de barreira que tem como objetivo evitar que o esperma entre no útero e, por isso previne a gravidez. Ele é especialmente indicado para mulheres que não podem usar hormônios.
Como o diafragma vaginal funciona
Esse método contraceptivo de barreira se parece com um capuz côncavo, possui a borda flexível, feito de látex ou silicone, e é introduzido pela própria mulher em sua vagina. O diafragma possui um tamanho individual e o médico ginecologista deve medi-lo, para que sua borda encaixe perfeitamente atrás do púbis.
Ele deve ser colocado, no máximo, duas horas antes de uma relação sexual de modo que cubra o colo do útero. Há quem use juntamente com o espermicida para aumentar as chances de prevenção de gravidez.
É muito importante que o diafragma não permaneça mais do que 24 horas dentro do corpo, viu? Na verdade, o recomendado é que ele seja retirado entre seis e oito horas após a relação sexual.
As vantagens do diafragma contraceptivo
O diafragma contraceptivo é um método seguro quando introduzido corretamente e não traz prejuízo à saúde da mulher. Outra vantagem é que ele é distribuído gratuitamente pelo SUS e previne algumas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), como a clamídia. Também não atrapalha o aleitamento materno.
Esse é um método bem fácil de usar, desde que a mulher receba orientação e treinamento médicos. A vida média útil do diafragma é em torno de três anos, se usado corretamente.
As desvantagens do diafragma vaginal
Infelizmente, esse é um método contraceptivo de barreira que tem algumas desvantagens, como:
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Falha de 16%, quando não usado corretamente;
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Necessita de medição e instruções claras do profissional de saúde, incluindo exame pélvico - então não é só comprar e usar, como a camisinha;
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Não protege contra HIV, HPV, herpes genital e trichomonas (uma infecção vaginal causada por protozoário);
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Pode causar corrimento vaginal intenso de odor fétido, caso seja deixado por muito tempo no local;
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Chances de provocar dor pélvica, cólicas ou retenção urinária;
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Aumento do risco para infecção urinária;
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Pode provocar alergia ao látex, apesar de raro;
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Não é indicado para quem tem alergia ao látex e casos recorrentes de candidíase.
Antes de investir nesse método contraceptivo de barreira, não deixe de marcar uma consulta no ginecologista, hein? Não é porque sua amiga usa que quer dizer que essa é uma boa opção também para você.
E, como dica final, use sempre camisinha! Porque só ela te protege das DSTs 💛
Tati Barros
Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.