Questionando Estigmas

Tem como engravidar na piscina?

Camila Luz
9 Dec, 2022
4 min. de leitura
tem-como-engravidar-na-piscina-1

Espermatozoide não sabe nadar, mas tem como engravidar na piscina se você fizer sexo desprotegido com penetração. Entenda

Vontade de transar não tem hora e nem lugar. Às vezes, ela bate em locais inusitados, como dentro da piscina, da banheira ou até no mar mesmo. Mas será que tem como engravidar na piscina? Se você está evitando ter bebês agora, é preciso ficar esperta.

tem-como-engravidar-na-piscina-2

 

Tem como engravidar na piscina?

Será que os espermatozoides sabem nadar? Será que a água da piscina impede que eles cheguem até o óvulo?

 

A dra. Rebeca Gerhardt explica que a piscina não é o local mais propício pra engravidar. Se o homem ejacular dentro da água, fora da ppk, a chance de um espermatozoide “nadar” até o canal vaginal e eventualmente fecundar o seu óvulo é zero.

 

Mas, pera aí que a história não acaba aí, e tem, sim, como engravidar na água – seja na piscina, na banheira, em uma lagoa ou dentro do mar. Só que pra isso acontecer é preciso fazer sexo desprotegido com penetração.

 

 “A camisinha não vai funcionar dentro da água”, diz a dra. Rebeca. Isso porque o contato com a água tira todo o lubrificante do preservativo, o que aumenta o atrito e pode deixar a experiência bastante desconfortável. Além disso, o maior atrito também aumenta os riscos de a camisinha se romper. Sabia disso?

 

Por isso, se você quer transar dentro da piscina e não pretende engravidar, é preciso utilizar outros métodos contraceptivos, como pílula hormonal, dispositivo intrauterino (DIU) ou implante, por exemplo.

Os riscos de transar na piscina

Transar na piscina pode ser gostoso, mas como a camisinha não funciona dentro da água, existe o risco de contrair alguma infecção sexualmente transmissível (IST), como clamídia, gonorreia, sífilis ou HIV.

 

Com exceção da camisinha, os outros métodos contraceptivos previnem apenas gravidez – e não são barreira para as ISTs. Quem transa sem preservativo está sempre sujeito a contrair doenças transmitidas pelo sexo. Por isso, se você quer se aventurar a transar na água, o ideal é fazê-lo com um parceiro em quem confie e que ambos estejam com os exames de ISTs em dia.

 

Toda mulher sexualmente ativa deve consultar uma ginecologista regularmente e fazer os exames de infecções sexualmente transmissíveis todos os anos. O seu parceiro também deve fazer esses exames, que são bem simples – basta coletar um pouco de sangue.

 

Porém, mesmo com os exames em dia, sempre há o risco de contrair uma IST. E tudo bem se você preferir usar camisinha em todas as relações, mesmo com o seu namorado. A escolha é sua!

 

tem-como-engravidar-na-piscina-3

 

Além disso, a água da piscina, de rios ou do mar pode provocar irritações ou infecções vaginais, seja pelo contato com o cloro, sal ou areia. Por fim, cuidado redobrado com água suja. Não é legal transar em locais impróprios para banho.

 

Depois de transar, uma boa dica é fazer xixi (para limpar o canal da uretra e evitar infecções urinárias) e lavar a parte externa da ppk com água e sabonete íntimo ou neutro. Aventure-se e sinta prazer, mas cuide-se bem! 😉

Camila Luz

Jornalista formada pela Cásper Líbero, estudou Mídias Internacionais na Université Paris 8 e é mestre em Jornalismo e Direitos Humanos, com especialização em Diplomacia, pela Sciences Po Paris. Escreve sobre saúde, ciência e tecnologia desde 2016, com maior dedicação à saúde da mulher. Também é consultora em comunicação para organizações internacionais. Vive em Washington D.C. (EUA) e é fã assídua dos livros da Elena Ferrante.

 

Dra. Rebeca Gerhardt

Ginecologista e obstetra formada pela Universidade Estadual de Londrina – sua cidade natal – compartilha todo seu conhecimento médico com Kira e suas leitoras. Fala sem estigmas sobre saúde íntima, sexualidade, cuidados com a ppk e autoestima.

A Kimberly-Clark Brasil não oferece garantias ou representações quanto à integridade ou precisão das informações. Estas informações devem ser usadas apenas como um guia e não devem ser consideradas como um substituto para aconselhamento médico profissional ou de outro profissional de saúde.